segunda-feira, 17 de novembro de 2014
Voz de Deus será representada por um menino de 11 anos no filme “filme Êxodo: deuses e reis”
O filme “Êxodo: deuses e reis”, que contará a história da fuga do
povo hebreu do Egito, terá uma particularidade inserida pelo diretor
Ridley Scott: a voz de Deus que se dirige a Moisés foi gravada por um
menino de 11 anos de idade.
O épico, que tem estreia marcada para o dia 25 de dezembro no Brasil,
mostrará a relação entre Moisés e o faraó Ramsés, preservando a
narrativa bíblica de que ambos foram criados juntos pela família real
egípcia.
A ideia de Scott de colocar um menino como intérprete de Deus a
Moisés foi uma maneira de amenizar críticas. No filme, Deus se dirige ao
líder hebreu de diversas formas, mas quando precisa falar com ele
diretamente, usa um menino, Malak, que é interpretado por Isaac Andrews,
que tem 11 anos.
“Escolher uma voz para Deus é uma proposta especialmente complicada.
Quando o estúdio DreamWorks Animation fez o filme “O Príncipe do Egito”,
em 1998, alguns executivos do estúdio consideraram usar uma voz que
iria se transformar de homem para mulher até se tornar criança, mas
abandonaram a ideia por achar que ela poderia causar rejeição. Ao final,
o ator Val Kilmer ficou responsável pela voz de Deus”, comentou o
jornalista Kim Masters.
O próprio diretor comentou a escolha e afirmou que a Bíblia abre essa
possibilidade: “Os textos sagrados não dão nenhuma descrição específica
de Deus, por isso, durante séculos, artistas e cineastas tiveram de
escolher a sua própria representação visual. [O personagem] Malak exala
inocência e pureza, e essas duas qualidades são extremamente poderosas”,
explicou Ridley Scott.
O encontro entre Moisés e Malak se dá no momento em que o profeta
está na sarça ardente. O momento em que Moisés se dá conta de que o
menino fala como Deus é quando ele o orienta para um debate.
O escritor William P. Young, autor de A Cabana, é um dos que escolheu
representar Deus de uma maneira ousada. No livro, a figura de Deus é
uma senhora negra que conversa com o protagonista sobre sua jornada de
vida e seus conceitos pré-estabelecidos.
O rabino David Baron atuou como um consultor no filme e reconhece que
essa representação de Deus e outros trechos do filme podem criar
discussões. “Eles saíram do texto bíblico, mas o texto bíblico é muito
conciso [...] O resultado disso é que as pessoas irão sair do cinema e
ler a Bíblia, por isso vale a pena”, ponderou.
Fonte: http://noticias.gospelmais.com.br/exodo-deuses-reis-voz-deus-menino-72602.html
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terça-feira, 28 de janeiro de 2014
"Não tenham medo, nem fiquem desanimados por causa desse exército enorme. Pois a batalha não é de vocês, mas de Deus."
Essas palavras lhe sugerem algo familiar? Como anda a sua vida? Temos muitas vezes a impressão de que um exército enorme está atrás de nós, procurando o momento certo para nos atacar! Porém, a Palavra do Senhor é firme e verdadeira: "Não desanimem". Sei que muitas vezes a vontade que dá é de largar tudo. Esse ímpeto vem porque estamos tentando ganhar a batalha com nossas próprias forças. Lembrem-se: Deus é quem dá condições para a batalha, Ele é quem luta por nós. Está cansado, abatido, sem disposição?
Quem sabe está fazendo demais e impedindo que Deus faça a parte dele!
Deixe Deus agir! Não tente fazer aquilo que não lhe cabe. Faça somente sua parte. Dê graças a Deus, cante, entoe louvores. Adore o Senhor na beleza da sua santidade. Enquanto estivermos em adoração, reconhecendo a ação de Deus em nossa vida, Ele estará lutando por nós, derrotando o inimigo. Eles foram derrotados pela força do Senhor. Quais são os seus inimigos? Enumere-os e entregue-os um a um ao Senhor Todo-Poderoso nesse início de ano, pois Ele há de derrotá-los um a um.
Palavra da lição "revista Elos" por Tamar Souza (Rede de Mulheres e Crianças - PIB do Recreio).
Tenham um dia abençoado!
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terça-feira, 14 de janeiro de 2014
Entrevista com Cláudio Duarte, palestrante para casais
Hora de falar sério. Conhecido por suas pregações engraçadas, o pastor Cláudio Duarte se define como conservador.
Os vídeos do pastor Cláudio Duarte estão bombando na internet. Digite o seu nome e logo aparecerão dezenas de gravações, algumas com títulos bem sugestivos: Homem banana e mulher abacaxi, Eu não desisto nunca ou Não deixe o seu coração azedar, por exemplo.Também estão lá os vídeos de suas entrevistas a programas populares na TV, como o Agora é tarde, da Bandeirantes, e o Programa do Ratinho. Mas quem é esse pastor que tem conquistado tanta visibilidade dentro e fora das igrejas? Bem, ele tem 45 anos, é casado, tem dois filhos e pastoreia a Igreja Batista Monte Horebe, na Barra da Tijuca, no Rio. Seu negócio é fazer graça de coisas sérias, como a Palavra de Deus, a vida cristã, família e sexualidade. Claro, tudo de maneira irreverente, mas sem perder a reverência ao Senhor.
"O humor ajuda a tratar de
assuntos delicados. É bom rir de si mesmo", diz Cláudio. Um dos temas
preferidos de suas falas é o sexo. Sua agenda está carregada de eventos e
palestras nas quais fala para casais, estimulando-os, através de
tiradas engraçadas, a conversar sobre o assunto, procurar ajuda, se
necessário, e viver bem. Não apenas nesta área – "A Bíblia diz que
podemos comer do melhor da terra. A graça da vida está justamente em
viver bem", defende. Nesta conversa com CRISTIANISMO HOJE, o pastor do
stand-up, como tem sido chamado, aborda assuntos não tão engraçados na
certeza de que a verdadeira graça, aquela de Deus, é a melhor de todas.
CRISTIANISMO HOJE – Qual é a graça da vida cristã?
CLÁUDIO DUARTE – A
graça da vida cristã está relacionada a viver muito bem aqui nesta
vida. Todos os ensinos e informações bíblicas têm por objetivo criar
qualidade de vida, fazendo o ser humano viver bem consigo mesmo, com o
próximo e com Deus. A graça de ser crente é a graça de ter a Bíblia como
fundamento de fé e prática. A Palavra de Deus diz que estamos aqui para
provar do melhor desta terra. Por mais que as pessoas não gostem da
literatura bíblica, elas não podem argumentar que o que a Bíblia proíbe
seja bom e que o que ela aprova seja ruim. Isso se aplica a todas as
áreas da vida.
Como o senhor começou a usar o humor em suas mensagens?
Isso apareceu na Escola Bíblica dominical na Igreja Metodista Wesleyana
em Santa Cruz da Serra, na Baixada Fluminense, onde fui membro durante
14 anos. Não foi algo pensado – ou seja, eu não decidi, simplesmente,
pregar e falar de maneira engraçada. Aliás, quando eu era mais novo,
nunca fui daqueles de fazer piada na escola, nada disso. Mas, como eu
lidava com jovens na igreja, e ambiente de jovem sempre tem aquela
descontração, percebi que usar piadas ajudava a transmitir os conteúdos.
Depois, acabei incorporando isso à minha maneira de pregar. O humor é
muito útil para tornar os assuntos mais acessíveis às pessoas, inclusive
na igreja. Ele quebra o gelo, deixa as pessoas mais à vontade para
ouvir as verdades da Bíblia.
E qual a diferença entre ser engraçado e ser engraçadinho?
Esse, talvez, seja o grande equilíbrio do negócio. Há uma linha muito
tênue entre a brincadeira, o humor em si, e o exagero. Eu já me peguei
ultrapassando essa barreira. Aí, é um negócio complicado – se falou
alguma besteira, já era, não adianta consertar, senão fica pior a emenda
que o soneto. Eu vou muito pelo retorno do público. Vou medindo a
aceitação pelas palmas, pelas risadas. Existem igrejas em que você pode
usar uma linguagem mais aberta, engraçada; outras, não. Como pregador
itinerante, eu tenho de respeitar isso.
O senhor cobra cachê para pregar?
Não. Não cobro nada para pregar em lugar nenhum. Hoje, vivo da venda de
meus DVDs e do aluguel de alguns imóveis que possuo. As pessoas que me
recebem ficam à vontade quanto a isso. Quem pode, dá ofertas. Funciona
assim. Não uso isso como base para fazer minha agenda. Eu tive uma
origem muito pobre. Meus pais são separados e fui criado por parentes
numa casa que não tinha luz, nem banheiro. Nunca passei fome, mas a
situação era difícil. Então, estou acostumado à simplicidade.
Quando o senhor começou a falar de sexualidade em suas mensagens e palestras?
Nunca planejei me tornar um conferencista na área de sexualidade. Isso
também surgiu meio por acaso. Há uns sete anos, fui convidado para falar
num congresso que tinha esse tema. Fui lá e falei o que sabia, de
acordo com a Palavra de Deus, minha própria experiência conjugal e com
tudo que tenho visto nesses anos todos lidando com pessoas. O pessoal
gostou e fui chamado outras vezes. Isso acabou me projetando no meio
batista, que é minha origem denominacional. Aí, começaram a gravar esses
eventos e logo havia vídeos caindo na internet, essas coisas.
Quais são as principais queixas dos casais crentes?
Costumo dizer que o que estraga um casamento, nesta ordem, é a
incompatibilidade de gênio, o dinheiro, o sexo e a intromissão de
parentes. As pessoas me mandam muitos emails e cartas falando não
somente de sexualidade. As pessoas falam pouco de sexo, ou porque têm
vergonha, ou porque não encontram espaços para tratar desse assunto. É
muita dificuldade. Sou procurado por gente em busca de felicidade,
porque estão infelizes com a falta de dinheiro, com a falta de sexo, com
problemas com os filhos. É isso que faz as pessoas me procurarem. Nem
todo pastor tem habilidade para tratar desse assunto. E eu as faço rir
de si mesmas, e isso as faz se sentirem bem. Homem abomina falar de sexo
– então, nas palestras para casais, eu falo de impotência e ejaculação
precoce de maneira descontraída. Aí, o sujeito ri, olha para o lado,
finge que não é com ele. Mas eu sempre espero que, depois, ele e a
mulher se motivem para buscar tratamento médico ou psicológico, se for o
caso, ou aconselhamento.
O fato de não ter formação específica na área de psicologia e comportamento humano não compromete o seu trabalho?
Olha, eu faço as coisas observando as respostas que as pessoas me dão.
No dia em que eu encontrar alguém que me disser que seguiu uma
orientação ou sugestão minha, nas palestras ou pelo DVD, e isso acabou
com seu casamento ou piorou as coisas dentro de casa, eu paro de falar
sobre isso. Como todas as respostas que ouço até agora, depois desses
anos todos, são positivas, acho que temos colaborado com muita gente.
Claro que pouca gente vem dar retorno. É mais ou menos como a história
dos dez leprosos – só um voltou. Mas é bom sinal. Quando as coisas dão
certo, poucos vêm para falar. Agora, se desse errado, todo mundo
vinha...
Se a incompatibilidade de gênios é o principal problema, como evitar que ela se estabeleça?
Bem, os menores índices de divórcio, segundo as pesquisas, acontecem
entre gente que se casou com 28 anos ou mais. É que essas pessoas seriam
melhor resolvidas, tanto em termos financeiros como pessoais. São mais
maduras, e, em princípio, já encaminhadas na vida. Então, já começam o
casamento com melhores condições. Geralmente, têm o seu cantinho para
morar e uma renda que lhes permite tocar a vida. Agora, se o casalzinho
tem que ficar junto cedo demais – como quando vem um filho inesperado no
namoro, por exemplo –, vai ter que morar com os pais de um ou de outro,
num quarto, sem privacidade. Aí, é quase certo que virão os problemas.
Eu diria que a melhor maneira é agir antes do casamento. Vamos montar
uma estrutura, um lar, mesmo que modesto, porque é até melhor começar
com pouco e ir conquistando tudo junto, o carro, o apartamento
financiado, essas coisas. s, essas coisa. Criar essa estrutura emocional
e financeira vai ajudar muito a prevenir esse problema de
incompatibilidade.
E o que mais separa os casais, hoje?
As pequenas coisas. Eu nunca vi um casal me dizer que vai se separar
porque apareceu um câncer, ou porque o filho foi assassinado. São casos
extremos que deixam as pessoas descontroladas, mas acabam unindo ainda
mais marido e mulher. Agora, a toalha molhada na cama, o tubo de pasta
de dentes apertado no meio, isso desgasta. As pessoas vêm reclamar muito
dessas coisinhas.
Mesmo os crentes?
Ô. Mesmo os cascudos! O que demonstra que a crise está chegando é a
falta de comunicação. Com o tempo, essas coisinhas vão se acumulando,
ficam grandes, e quando o casal se dá conta, já nem se falam mais. A
comunicação fica truncada, negativa, é feita com ironias, até o silêncio
total. Se acertar a comunicação, pronto, as coisas se acertam. Uma boa
comunicação entre o casal acerta até o sexo.
E por que esse assunto é tão delicado de tratar, mesmo entre quatro paredes?
Porque as pessoas têm bloqueios tremendos. Não sei muito a origem disso,
mas todo mundo tem essa dificuldade de falar. Por que o marido não diz à
mulher que gostaria de tentar em outra posição, se ele deseja isso? E
porque a mulher não diz: "Amor, você poderia fazer isso comigo, me tocar
desse jeito". Eu luto para que isso aconteça. Tento estimular a
intimidade dos casais.
O senhor se recusa a tratar determinados temas?
Depende do ambiente. Se for em um culto aberto a todos, não vou falar
certas coisas que podem ser inadequadas para uma criança, para uma
pessoa mais idosa. Mas, nas palestras, costumo responder ao que me é
perguntado.
No Programa do Ratinho, o senhor foi perguntado sobre sexo oral e disse que preferia não responder. Por quê?
É que eu estava em um programa de rede nacional, em horário nobre, com
todo tipo de gente assistindo. Fiquei preocupado de o Ratinho me
interromper com outro assunto ou não deixar eu terminar de falar. Aí,
alguma coisa poderia ficar no ar.
Então, eu vou deixar o senhor terminar. Pode falar sobre isso.
[Risos]. Vamos lá. Sexo oral. A boca não foi feita para receber sêmen,
todo mundo sabe disso. Não há nada bíblico que proíba. Alguns amigos
pastores até dizem que, entre as tais quatro paredes, vale tudo, desde
que haja conivência. Eles até consideram que mesmo o sexo anal, se
praticado em comum acordo entre marido e mulher, não pode ser
considerado sodomia. Eu não partilho dessa opinião. E nenhum médico
sério dirá que sexo anal é saudável. Agora, cada um faz o que quiser.
Tudo bem. Já o sexo oral é menos agressivo, e eu vejo que ele pode ser
visto como uma carícia, uma modalidade diferente; e, se o casal quiser,
não há nada que impeça. No sexo, vale tudo, desde que não fira a Palavra
de Deus e a vontade do cônjuge. Senão, é violência, é pecado.
Por falar em pecado, acha que sexo antes do casamento é pecado?
Sim.
Sim.
Mas esse papo cola entre a moçada?
Se cola, não sei. Só sei que não dá para negociar. Como vamos
administrar essa situação? Hoje, já tem até camisinha teen, em menor
tamanho, para se ajustar ao pênis de adolescentes. Na minha visão, sexo
antes do casamento é imoralidade. A Bíblia diz que, quando você se
relaciona sexualmente com uma pessoa, torna-se um com ela. Não tenho
como concordar com isso. A coisa está ficando esquisita. Já tem crente
dizendo que o casal pode fazer sexo grupal, desde que os dois cônjuges
estejam presentes e um autorize o outro a participar. Outra coisa errada
é essa história de fazer sexo antes de casar para saber como é, se vai
dar certo com aquela pessoa depois. Que negócio é esse de experimentar?
Não se está lidando com um produto, e sim, com uma pessoa, que tem
sentimentos. "Ah, mas se não fizer antes, dá errado depois". Mas o que
eu vejo é pessoas que fizeram sexo antes de casar se separando, depois,
justamente por causa disso. Aí, eu pergunto: "Mas vocês não fizeram
antes para saber?" Aí, dizem que esfriou, que as coisas ficaram sem
graça e não dá mais.
Ouvindo-o falar assim, fica a impressão de que o senhor, apesar de brincar muito, é bem conservador. Considera-se assim?
É, as pessoas acham que, por ser bem humorado nas minhas falas, eu sou
liberal. Mas eu sou conservador, de formação batista. Sou firme nos meus
posicionamentos, não concordo com pecado.
Na sua vida pessoal, as coisas funcionam como o senhor defende em público?
Graças a Deus, conseguimos desenvolver um bom nível de intimidade no
nosso casamento. É até comum que, quando Jane Mary me acompanha, as
pessoas venham perguntar a ela se eu vivo o que falo, se eu sou assim
mesmo, se dou atenção, se valorizo. Querem investigar, e eu acho bom
isso.
E ela não reclama de ver algumas coisas particulares expostas?
Ah, mas tudo é combinado antes. Ela sabe o que vou falar. E, se por
acaso, eu resolver tocar em algum ponto novo, antes tenho o cuidado de
perguntar se, para ela, está tudo bem. Se ela disse não, é não.
O senhor tem
sido entrevistado em programas seculares. Seus vídeos são muito
acessados na internet e o senhor percorre igrejas de todo o país. Está
com a agenda tão lotada que tivemos dificuldades para agendar esta
entrevista. A superexposição não é perigosa?
Superexposição requer, é claro, cuidados. Hoje, devido a esse excesso de
exposição, recebo convites de todos os lados. Uma manhã, estou em Santa
Catarina; à noite, em Pernambuco. Como eu não tive, por assim dizer,
uma escola, alguém que me orientasse, isso acabou me levando a um
ativismo que considero ruim. Você abre muito o leque, e nem sempre Deus
quer que eu vá a todos os lugares que as pessoas me convidam para ir. A
coisa fica pesada.
Se o seu chamado é pastoral, o senhor não deveria estar cuidando de ovelhas?
Sim. Frustra um pouco a gente não ser pastor de ovelha. Os irmãos daqui
da igreja se queixam porque eu não tenho muito tempo para eles. Quando
eu vim para cá, meu acordo com o pastor Paulo Roberto Ramos, que é o
presidente deste ministério, era para cobrir uma ausência pastoral por
seis meses. Esse tempo já passou, mas ainda estou aqui. Não sei o que
Deus tem para mim neste sentido, mas uma coisa já decidi: para o ano que
vem, vou mudar minha postura, dedicando-me à igreja local e à família.
Claro que eu preciso manter o ministério itinerante, como conferencista,
para ter recursos e levar à frente alguns projetos, inclusive um
trabalho com jovens e outro com casais, numa propriedade que compramos.
Pretendo ali construir suítes e promover encontros, com a ajuda de
outros pastores, visando a ajudar pessoas em seu relacionamento
conjugal.
Outros pastores
de grande presença midiática acabaram erigindo ministérios pessoais que
os tornaram inacessíveis para as pessoas...
Eu não pretendo seguir esse caminho, não. Não tenho nenhuma preocupação
em criar um império, nada nessa linha. Tanto que, aqui na igreja, se as
pessoas que atendem ao apelo e recebem a Jesus como Salvador moram
longe, eu as aconselho a procurar uma igreja onde se sintam bem e onde
não se negocia com o pecado.
Tem havido um vazio de pastoreio?
Realmente, as pessoas reclamam muito por isso, e eu estou inserido
nessas reclamações. Por isso, estou mudando. É preciso ter tempo para
ouvir as pessoas. Muitas vezes, não sou nem procurado para oração ou
aquele aconselhamento, no sentido tradicional: as pessoas querem é
desabafar suas angústias e falar, falar, falar... Então, o que os
pastores precisam é estar dispostos, ter tempo para ouvir, ouvir,
ouvir... E, no fim, às vezes só dá mesmo para expor aqueles assuntos
perante Deus. Mas a liderança tem que formar uma estrutura para receber
esse povo. À medida que a membresia for aumentando, é preciso criar
sistemas para que esses membros sejam atendidos nas suas demandas por
aconselhamento e atenção espiritual. É por isso que eu gosto do modelo
celular. Esse sistema possibilita um atendimento descentralizado aos
fiéis. Geralmente, há um líder de célula que acompanha mais de perto
algumas pessoas que se reúnem com ele. Eu acho isso bom e tenho visto
funcionar bem.
Então, por que as igrejas não seguem esse caminho da descentralização?
Primeiro, porque nós entramos numa linha de raciocínio pela qual a
igreja abençoada é aquela que prospera, fica grande. As perguntas que os
pastores fazem uns aos outros são as seguintes: "Quantos membros sua
igreja tem?"; e "Qual a arrecadação da sua igreja?" É esse tipo de
conversa. E todo mundo que é pequeno está querendo crescer – mas, muitas
vezes, cresce sem ter ferramentas, sem estrutura de pessoal para dar
assistência aos membros que vão chegando. Aí, começam os problemas. Acho
que falta conscientização das reais necessidades do rebanho. Ainda
existe muito modelo de igreja pesado. O que acontece é que as lideranças
têm um certo medo de descentralizar, de delegar poder. Isso porque o
auxiliar de hoje pode querer seguir seu próprio caminho amanhã, levando
consigo uma parte dos membros. Então, o camarada retém o poder, por medo
de criar um concorrente. Assim, perde-se a visão do Reino. Mas nem todo
mundo, felizmente, pensa dessa forma.
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